Incontáveis vezes entramos naqueles salões mágicos. Acreditava conhecer melhor do que ninguém seus códigos. Era um campo de batalha lúdico, repleto de crianças brincando de faz-de-conta. Mas um dia você finalmente descobre o perigo à espreita. Os salões se alimentam de beleza e juventude. Este é seu poder encantatório.
Um belo dia você novamente adentra os salões, só que ciente do inclemente transcorrer do tempo e reconciliado com as pequenas imperfeições que te nomeiam. A brincadeira perde o sentido. As crianças deixam escapar seus pesados grilhões. Todos presos à coreografia da felicidade instantânea e eterna.
Penso: Talvez o amanhecer será nublado.
E livre da fantasia escravizante, eis que pela primeira vez vislumbro alguns poucos adultos perdidos no reino do nunca.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
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