terça-feira, 21 de julho de 2009

quem sabe?

Esperança e auto-estima, virtudes que movem o mundo.
Não preciso de esperança. Não tenho nada a temer a não ser meu potencial de auto-destruição.
Já o teor de auto-estima me é indecifrável. Sou fantasmagórico. Entro e saio do meu corpo, ligo e desligo os botões da consciência ao meu bel prazer. Vago pelas ruas e observo as pessoas implorando: Estou aqui. Aceite-me. Concorde comigo.

Compreendam: Não quero casar com vocês. Nenhum de vocês. Nunca.

Fui abandonado na porta da igreja ao nascer. Não preciso retornar a ela para selar minha felicidade eterna. Sou minha própria religião.

A felicidade eterna me enjoa. Deixa eu te experimentar. Só um pouquinho. Só uma parte de você.

Duvide de mim, dos meus sabores, das minhas intenções.

Quando eu for certeza, quando tu fores certeza, certo também será nosso rápido adeus.

E que nosso reencontro seja uma miragem. Sem o peso de culpas e frustrações.

Não sei se gosto de mim. Não sei se gosto de você.

Se não chegarmos a conclusão alguma....quem sabe nos amemos sem saber.